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Produção de veículos na Argentina volta de forma gradativa

Números divulgados pela Adefa mostram a produção de apenas 4.802 veículos no mês de maio


Após 60 dias de inatividade e sem produzir um único veículo em abril, para cumprir protocolos de distanciamento social impostos pelo governo argentino no enfrentamento à pandemia de coronavírus, as fábricas de veículos na Argentina retomaram parcialmente as atividades em maio, mas com apenas sete dias úteis de produção os volumes ainda estão muito deprimidos.

De acordo com números divulgados na quarta-feira, 3, pela Adefa, a associação dos fabricantes instalados na Argentina, foram montadas apenas 4.802 unidades no mês passado, o que representa queda de 84,1% na comparação de um ano antes (30.280), quando a indústria no país já estava em baixa, afetada pela severa crise econômica que se desenrola desde 2017. Nos primeiros cinco meses de 2020, a produção argentina soma 70.782 veículos, em baixa de 48,4% na comparação com as 137.266 unidades fabricadas no mesmo período de 2019.

As exportações do setor em maio somaram 3.227 unidades, em alta de 35,2% sobre abril, mas 85,2% abaixo do volume exportado no mesmo mês de 2019. No ano as vendas externas da indústria automobilística argentina totalizam 46.347 veículos (66,5% deles destinadas ao Brasil), o que representa retração de 48,7% em relação a igual intervalo do ano passado, quando foram exportados pouco mais de 90 mil carros.

As vendas no atacado (veículos faturados pelos fabricantes aos concessionários) somaram em maio apenas 20 mil unidades (somente 3.244 fabricados no país), volume que representa uma subida de 166,7% em relação a abril, mas 28,3% abaixo do mesmo mês do ano passado. No total de cinco meses, a rede comprou 99.385 veículos (26.904 nacionais) das montadoras, em queda de 34 % sobre os 150.566 de igual período de 2019.

Segundo a Adefa, após o processo de reabertura gradual das fábricas, com adoção de protocolos de segurança sanitária, o setor agora trabalha com sua cadeia de valor para discutir nos próximos dias uma agenda de curto e médio prazos, com propostas para reativar consumo interno, exportações e produção de veículos na Argentina. O setor também pretende retomar as discussões que vinha mantendo com o governo, trabalhadores e fornecedores para solucionar os problemas estruturais que afetam negativamente a competitividade da indústria no país.

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