Usina hidrelétrica de Itaipu chega à marca de 35 milhões de megawatts-hora (MWh)
Revista Fator Brasil -
Energia suficiente para iluminar o mundo por 13 horas e meia. Nos meses de abril e maio, a usina, com baixa demanda
A usina hidrelétrica de Itaipu chegou, no dia 11 de junho (quinta-feira), à marca de 35 milhões de megawatts-hora (MWh) no acumulado do ano. Essa produção seria suficiente para atender ao consumo do planeta por 13 horas e meia; o Brasil, por mais de 26 dias; a cidade de São Paulo, por 15 meses; o Paraguai, por dois anos e cinco meses; o Estado do Paraná, por 13 meses e 12 dias. Ou ainda, por um ano, 60 cidades do porte de Foz do Iguaçu, com uma população estimada em 253 mil habitantes.
A otimização do uso da água, matéria-prima para a geração de energia, aliada ao sincronismo e ao trabalho conjunto das diferentes áreas da Diretoria Técnica da usina, permitiu ainda à Itaipu registrar recorde histórico de produtividade nos meses de abril e maio.
Em abril de 2020, a produtividade foi de 1,107 megawatt médio por metro cúbico de água por segundo (MW/m3/s); em maio, 1,1061 MW/m3/s. São os maiores índices mensais de produtividade de toda a história da Itaipu desde o início do funcionamento da usina, em 1984. Em termos práticos, significa que nunca cada metro cúbico de água disponível foi tão bem aproveitado para a geracão de megawatts.
Para efeitos ainda de comparação, a afluência — água que chega ao reservatório — em 2020 foi 11% menor em relação ao mesmo período de 2019, mas, mesmo assim, a produtividade foi 2% maior.
O superintendente de Operação da Itaipu, José Benedito Mota, atribui o bom desempenho operacional de Itaipu a uma regra simples: gestão eficiente.— Estamos fazendo mais com menos —.
Neste ano, a usina fez uma operação de abertura controlada do vertedouro por 12 dias, para ajudar a melhorar o nível do Rio Paraná abaixo do reservatório. A medida negociada pelas chancelarias do Brasil, Paraguai e Argentina, foi adotada para ajudar a navegabilidade e escoamento da safra dos países vizinhos. Por causa da pandemia da Covid-19 e, consequentemente, pouca demanda, não houve prejuízo para a geração.
Menor, mas em recuperação — A geração acumulada da binacional em 2020 até agora é menor que a de 2019, mas já apresenta sinais de recuperação, o que é especialmente significativo durante o período de pandemia, com a desaceleração da economia.
Mês a mês, a tendência é de melhoria nos números. Em abril, a produção caiu 25% comparada com o abril de 2019 em decorrência do agravamento da estiagem e do baixo consumo. Já no mês de maio, a produção ficou apenas 3,5% menor quando comparada ao mesmo mês de 2019.
No acumulado do ano, a geração parcial de 2020, até agora, é 4,1% menor em relação ao mesmo período de 2019.