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Pesquisa encomendada pela Anfavea para entender o perfil dos consumidores de veículos

Levantamento encomendado pela Anfavea aponta que incerteza financeira é o principal motivo para desistir de trocar o veículo


PEDRO KUTNEY, AB

Pesquisa encomendada pela Anfavea à Webmotors, para entender o perfil dos consumidores de veículos que ainda restam no mercado, aponta que a maioria dos visitantes do portal ainda sustenta a intenção de comprar um carro novo ou usado – como parece óbvio entre frequentadores de um site de negociação de veículos –, mas 64% responderam que adiaram essa decisão nos próximos seis meses após a instalação da crise econômica trazida pela pandemia de coronavírus – entre os interessados em um modelo zero-quilômetro essa prorrogação aumenta para 84% dos respondentes.

A Webmotors apurou as respostas de 1.668 pessoas na terceira semana de maio, das quais 89% mostraram manter o desejo de trocar de automóvel, mas 27% prorrogaram essa compra para seis meses adiante, outros 21% adiaram para os próximos três meses, 12% para algum momento de 2021, enquanto 21% queriam tomar a decisão ainda em maio e outros 16% no mês seguinte (junho).

Dos 11% que responderam à pesquisa e disseram não ter a intenção de comprar um carro, 57% relataram que não pretendem fazer isso por causa de incertezas financeiras, como desemprego, que eleva o medo de assumir um compromisso que não poderá ser honrado, enquanto 34% esperavam por melhores condições de pagamento, 18% não conseguiram vender o usado na compra de outro, e 17% avaliam ser muito alto o valor da entrada do financiamento.

Já os 89% que responderam ter a intenção de comprar um carro, 45% responderam que adiaram essa decisão para os próximos seis meses porque têm medo do desemprego, outros 37% querem ver o carro pessoalmente (o que ficou difícil com as revendas fechadas), 33% vão esperar por condições melhores de pagamento e 29% não conseguiram vender o usado ppara comprar outro.

“Esta pesquisa nos sugere ferramentas para atrair clientes neste momento, como planos mais acessíveis de financiamento e ajudar o consumidor a vender seu usado por preço melhor”, avalia Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.

MOTIVOS PARA MUDAR DE IDEIA

A pesquisa da Webmotors também mostrou o que poderia fazer mudar de ideia o consumidor que disse não planejar trocar de carro. Para 48% a redução de impostos aumentaria o desejo de compra, 45% apontam que taxas de juros mais baixas seriam um incentivo e outros 41% relatam que ficariam propensos a adquirir um veículo se obtivesse valor maior pela venda de seu usado. Melhores condições de financiamento (29%), bônus do governo para compra de um zero-quilômetro (29%) e início do pagamento de parcelas em 2021 (18%) são os outros motivos bem ranqueados para fomentar a decisão de comprar um carro no cenário atual.

Para os que mantêm o interesse em comprar um carro, entre os motivos que levariam a antecipar essa decisão, 46% disseram que seria o pagamento de 100% da tabela Fipe no usado, a redução de impostos seria um bom motivo para 42% e 39% ficariam motivados com taxas de juros menores. Bônus do governo para compra de um zero-quilômetro (32%), melhores condições de financiamento (28%) e início do pagamento em 2021 (24%) são os outros incentivos melhor ranqueados pelos consumidores.

“A pesquisa deixa bem claro que redução de impostos e juros mais baixos são os principais fatores que moveriam o consumidor da posição de adiar a compra para decidir comprar”, afirma Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors, que fez a apresentação dolevantamento na terça-feira, 23.

Entre aqueles 89% que mantêm a decisão de comprar um veículo, o levantamento aponta leve tendência de crescimento da opção por um zero-quilômetro: 16% querem ser o primeiro dono do carro, outros 16% têm dúvidas e 68% optariam por um usado – em 2019, a Webmotors destaca que 85% tinham intenção de adquirir um modelo de segunda-mão.

A pesquisa revela ainda que entre os ouvidos, 66% disseram que após a quarentena descartam usar o transporte público (ônibus, metrô e trens), 37% não querem usar ônibus fretados, 36% vão evitar ônibus para viagens rodoviárias e 29% vão fugir de carros por aplicativos e táxis. Esse resultado aponta para o maior desejo das pessoas de ter um carro próprio para reduzir as chances de contágio pela Covid-19, ao mesmo tempo em que demonstra a necessidade de implementar medidas de segurança sanitário nos meios de transporte coletivo.

- Acesse aqui a pesquisa completa encomendada pela Anfavea à Webmotors

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