Volvo atinge marca de 100 mil unidades da transmissão automatizada I-Shift produzidas em Curitiba

Lançada em 2003, transmissão automatizada hoje equipa 100% dos caminhões da linha F e dos ônibus rodoviários com motor traseiro


REDAÇÃO AB

A Volvo atingiu a marca de 100 mil unidades da transmissão automatizada I-Shift produzidas em Curitiba (PR). A caixa foi lançada no Brasil, ainda importada da matriz na Suécia, em 2003 e em 2011 passou a ser montada na fábrica paranaense. Com a vantagem de economia de combustível e redução nos custos de manutenção e parada, o câmbio automatizado logo arrebatou a preferência dos clientes brasileiros da marca. Hoje, segundo a Volvo, a I-Shift está presente em 100% dos caminhões da linha F vendidos no País e também dos chassis de ônibus rodoviários com motor traseiro.

“Foi uma aceitação espetacular. A transmissão automatizada da Volvo foi o maior avanço para economia de combustível, conforto e produtividade no setor de transportes comerciais desde sua introdução no Brasil”, destaca Alan Holzmann, diretor de estratégia de produto da Volvo. O sucesso da I-Shift no Brasil até causou problemas à Volvo recentemente, que não conseguia atender todos os pedidos por causa da limitação na importação da central eletrônica da caixa.

A planta de Curitiba foi a primeira do Grupo Volvo a produzir a caixa I-Shift fora da Suécia e a implantação da linha de montagem, com técnicos e montadores brasileiros e suecos, envolveu conceitos da indústria 4.0 que serviram de exemplo para a produção da transmissão nos Estados Unidos, em fábrica que viria a ser construída depois. “Com isso reduzimos o tempo e o custo de implementação do projeto, pois a solução desenvolvida aqui foi literalmente em Hagerstown”, afirma Luiz Bohatch, diretor de produção de powertrain na Volvo no Brasil.

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Por trazer expressiva redução nos custos de operação dos veículos, o preço maior de aquisição de um modelo equipado com a I-Shift foi rapidamente assimilado, ao ponto que hoje o câmbio manual virou item opcional nos caminhões extrapesados da Volvo, só instalado a pedido de clientes para aplicações muito específicas, já que a transmissão automatizada pode ser adaptada para quase todas as operações, com significativas economias.

A inteligência da I-Shift é capaz de processar milhares de informação por segundo para selecionar sempre a melhor marcha, levando em conta fatores como velocidade, carga do motor, temperatura, topografia, inclinação e peso transportado. “Com todos esses parâmetros ela faz trocas impossíveis de serem realizadas manualmente, sempre buscando o menor consumo e o melhor desempenho”, explica Alan Holzmann.

Outro benefício é a maior durabilidade do conjunto. Com trocas suaves, a transmissão automatizada preserva todo o trem-de-força – motor, embreagem, eixo cardan, diferencial, eixos traseiros – e assegura menor desgaste de pneus. O motorista também é preservado, com aumento do conforto e redução de fadiga.

A caixa I-Shift segue evoluindo e permite a adoção de condução inteligente. “Todos os FHs da geração atual têm a tecnologia I-See. Por meio de conectividade, a I-Shift sabe exatamente, em tempo real, onde o caminhão está rodando, bem como a topografia à frente, antecipando as trocas de marcha conforme aclives e declives, quando em piloto automático”, explica Holzmann.

A I-Shift também tem opções de marchas super-reduzidas, aplicada a caminhões com cargas pesadas em situações difíceis. São uma ou duas marchas adicionais para força, permitindo ao veículo arrancar e transportar peso bruto total de até 250 toneladas, em situações controladas. Permite ainda operar em velocidades muito baixas (de 0,5 a 2 km/h), à frente ou em marcha à ré, uma condição útil em manobras de precisão.
 

Publicidade