Emplacamentos de veículos importados das 15 marcas associadas à Abeifa apresentaram crescimento atípico em junho

Represamento de emplacamentos de meses anteriores inflou números


REDAÇÃO AB

Os emplacamentos de veículos importados das 15 marcas associadas à Abeifa, que reúne importadoras e fabricantes, também apresentaram crescimento atípico em junho, inflado pelo represamento de licenciamentos de meses anteriores, não realizados por causa do fechamento da maior parte dos Detrans no País. Com isso, as associadas registraram 2.551 carros emplacados no mês, em alta fora da curva de 155% sobre maio.

A retomada dos emplacamentos nos Detrans, incluindo o de São Paulo, maior mercado do país, também atenuou bastante a queda em relação a junho de 2019, de apenas 4,7%. No acumulado do primeiro semestre, no entanto, os impactos da pandemia e da desvalorização do real são melhor percebidos: os 11.473 automóveis importados vendidos pelos associados da Abeifa representam retração de 29,2% sobre o mesmo período do ano passado – ainda assim, a variação porcentual negativa é bem melhor do que a média do mercado de veículos leves, que caiu 38% na primeira metade de 2020.

Entre as associadas à Abeifa que também têm produção nacional, BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki, o desempenho conjunto também é melhor do que a média do mercado. Em junho as quatro emplacaram 2.139 carros fabricados localmente, em crescimento igualmente atípico de 158,6% sobre maio. Na comparação com o mesmo mês de 2019, o resultado representa queda de 16,6%. Em seis meses, com a venda de 11.812 veículos montados no Brasil, essas empresas anotaram queda de 18,7% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Por ter sido um mês atípico, por conta da inclusão de licenciamentos pendentes nos meses de abril e de maio, junho não reflete o comportamento real de venda do setor. Por isso, até que os Detrans voltem a funcionar em sua plenitude, vamos analisar o mercado com muita cautela. O setor continua sob pressão da crise ocasionada pela pandemia e pelo real desvalorizado na renovação dos próximos lotes de carros importados”, explica João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.

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