Petrobras pode voltar a receber investimentos da KLP

Maior fundo de pensão da Noruega disse que companhia forteleceu sua governança nos ultimos anos e volta a carteira de investimentos do fundo


A Petrobras voltou se ser elegível para receber investimentos do KLP, maior fundo de pensão da Noruega, com patrimônio total de R$430 bilhões. Em comunicado, o fundo destacou que a companhia fortaleceu significativamente sua governança nos últimos anos, de forma que o risco de corrupção na Petrobras foi 'significativamente reduzido'. O fundo, que havia afastado a Petrobras de sua carteira de investimentos em 2014, também lembrou que todos os envolvidos em irregularidades na administração foram substituídos e que a companhia celebrou acordos com autoridades americanas.

A decisão do KLP ocorre meses depois de outra instituição importante — o Council on Ethics — The Norwegian Government Pension Fund Global — retirar a Petrobras da lista de empresas sob observação, na qual a companhia havia sido incluída em janeiro de 2016, após os casos revelados pela Operação Lava Jato. Em dezembro de 2019, o banco seguiu recomendação do Conselho de Ética do Fundo Soberano da Noruega, que reconheceu as medidas implementadas pela Petrobras no combate à corrupção. Na recomendação ao banco, o Conselho de Ética destaca a disposição da Petrobras em colaborar com as investigações e com a solução dos casos. Na ocasião, o Conselho de Ética salientou ainda que o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal brasileiros definiram oficialmente a Petrobras como vítima no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.

A Petrobras, nos últimos anos, vem implementando diversas medidas de conformidade, como a criação de um Canal de Denúncias independente e a realização de due diligence de Integridade, processo que avalia os mecanismos de combate à fraude e à corrupção das empresas com as quais a Petrobras faz negócios. A companhia também passou a aplicar o Background Check de Integridade (BCI), que se trata da checagem de integridade de todos os administradores, gestores e empregados que atuam em processos críticos. A Petrobras ainda colabora com as investigações da Operação Lava Jato desde 2014 e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 18 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 70 ações penais. Mais de R$ 4,5 bilhões já foram ressarcidos pelas autoridades brasileiras aos cofres da companhia.

Atualmente, a Petrobras trabalha fortemente com a disseminação da cultura de integridade entre seus colaboradores, na mesma linha das melhores práticas que vêm sendo adotadas pelas maiores empresas do mundo que alcançaram índices de qualidade e excelência na prevenção da fraude e da corrupção.

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