Mercado de ônibus apresenta recuperação

Faturamento de junho chegou a ser de 50% do que estava sendo feito antes da pandemia


SUELI REIS, AB

No setor automotivo, o mercado de ônibus foi o mais afetado pela crise gerada pela pandemia, mas já vê uma curva de recuperação, ainda que muito gradativa. As vendas do segmento praticamente paralisaram entre abril e maio, mas voltaram a tomar fôlego a partir de junho, o que pode indicar que o pior já passou.

A análise é do diretor de vendas e marketing para ônibus da Mercedes, Walter Barbosa. Ele conta que em abril a empresa faturou algo em torno de 10% do total que estava vendendo antes da pandemia. Em maio, esse fluxo dos negócios melhorou um pouco e em junho chegou a 50%.

Atualmente, a empresa vende algo entre 30% e 50% do total que estava faturando antes da crise.

“A expectativa é de que até o fim deste ano chegue a algo entre 75% a 80% do que estávamos faturando e para 2021 esperamos voltar com níveis muito próximos de 80% a 100% do que estávamos vendendo”, afirma Walter Barbosa.

Em sua projeção para o ano, a montadora faz uso da mesma previsão divulgada pela Anfavea, presidida por um executivo da marca. A fabricante reforça que em 2020 as vendas totais de ônibus no Brasil podem atingir as 10 mil unidades, o que representaria uma queda de 52% sobre os 20,9 mil vendidos em 2019.

"Pode ser uma variação um pouco maior, de 11 mil, mas vai depender mais do segmento de ônibus escolar, do quanto vai ser emplacado para o Caminho da Escola", explica o diretor de vendas de ônibus da Mercedes

Segundo o executivo, os escolares serão responsáveis pela maior demanda do mercado de ônibus no segundo semestre, isso porque há uma expectativa de que pelo menos 3 mil unidades sejam emplacadas só neste ano (leia aqui). Ainda assim, apesar da expectativa positiva, o setor vai depender da capacidade do governo em efetuar a compra desses veículos até o fim de 2020.

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