Grupo Renault registra queda em suas vendas globais

Queda foi de 35% em relação ao primeiro semestre de 2019


REDAÇÃO AB

Com o fim do primeiro semestre, o Grupo Renault computou queda de 35% em suas vendas globais em comparação ao mesmo período do ano passado, ao emplacar pouco mais de 1,25 milhão de veículos, considerando a soma de automóveis e utilitários leves. O conglomerado, que além da Renault reúne as marcas Dacia e Lada (Avtovaz) atribui o resultado ao forte impacto da pandemia de coronavírus nos mercados em que atua.

“O mundo atravessou uma crise sem precedentes, com um grande impacto em nosso negócio. Com o início da recuperação das vendas, nossas fábricas e nossa rede de concessionárias souberam se mobilizar rapidamente para atender as necessidades dos nossos clientes, com uma demanda alavancada em junho pelas medidas governamentais de incentivo na Europa. Além disso, estamos iniciando o segundo semestre com um nível bastante alto de pedidos, um nível de estoques satisfatório, um posicionamento de preços em alta em toda a gama de produtos”, declarou Denis le Vot, membro do comitê executivo do grupo e vice-presidente sênior de vendas e regiões do Grupo Renault.

Entre os principais mercados, a maior queda porcentual foi registrada no Brasil, onde a Renault vendeu 59,9 mil veículos no primeiro semestre, 47% menos do que no mesmo intervalo de 2019. O País é o sexto no ranking dos 15 maiores países em volume de vendas para o grupo, atrás de França, Alemanha, Rússia, China e Itália. Por aqui, a companhia também atribui o resultado negativo à pandemia, mas indica que a queda das vendas ocorreu principalmente por causa da nova estratégia de melhorar a lucratividade com o reposicionamento de preços dos veículos (aumento de preços).

Em geral, na região Américas, o Grupo Renault teve queda de 44,7% ao entregar 113,8 mil veículos nos seis primeiros meses de 2020. A Argentina aparece na última posição do ranking de 15 países, com 19,8 mil unidades vendidas. Na região, o grupo espera melhorar seu desempenho com a chegada do novo Duster previsto para este segundo semestre.

A segunda maior queda foi registrada na Europa, cujo volume foi 42% menor na comparação anual do primeiro semestre, para 623,8 mil unidades. Na Rússia, segundo maior país em volume de vendas, o Grupo Renault emplacou 192,1 mil veículos, recuo de 19,5%.

China e Índia acumulam queda de 21% e 29%, respectivamente, com 70,7 mil e 26,2 mil veículos negociados.

Na contramão de todo o mundo, o grupo registrou crescimento de 51% de suas vendas na Coreia do Sul, onde o volume fechou em 55,2 mil de janeiro a junho.

No mercado de veículos elétricos, os volumes de vendas alcançaram 42 mil unidades, em alta de 38% sobre a primeira metade de 2019. Para o segundo semestre deste ano, a companhia prevê o lançamento da linha de motorizações Híbrida E-Tech e do Renault Twingo 100% elétrico na Europa.

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