WILSON TOUME, PARA AB

A Anfavea divulgou, na sexta-feira, 7, os resultados da indústria automotiva em julho, e as exportações registraram números positivos na comparação com os de junho. De acordo com a entidade, 29,1 mil veículos foram vendidos para o exterior no mês, contra 19,5 mil em junho, o que representa um aumento de 49,7%. Segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, esse resultado se deve por conta da reposição de estoques na Argentina e no México, já que as exportações haviam sido interrompidas.

Moraes lembrou ainda que houve um problema de restrição aos automóveis enviados pelo Brasil para a Argentina em junho, mas esse problema foi resolvido em julho e também contribuiu para o resultado favorável.

Com isso, apesar do número positivo em julho, as exportações das montadoras brasileiras ainda seguem em queda no acumulado do ano em comparação com o resultado de 2019. De janeiro a julho deste ano, a indústria registrou 148,7 mil unidades enviadas para o exterior, contra 264,1 mil em 2019, o que significa queda de 43,7%. Já na comparação com julho do ano passado – quando foram exportados 42,1 mil veículos –, a redução é um pouco menor, mas ainda significativa, de 30,8%.

Em valores, o envio de automóveis para outros países totalizou US$ 668,1 milhões em julho, resultando em uma evolução de 39,8% em relação aos US$ 477,8 milhões obtidos em junho. Já no acumulado, a queda é de 38,6%, com US$ 3,6 bilhões obtidos neste ano contra US$ 5,9 bilhões em 2019.

De acordo com o presidente da Anfavea, o cenário ainda permanece muito nebuloso para que se possa providenciar alguma revisão nas previsões divulgadas no mês passado. Contudo, é possível afirmar que se o desempenho deste mês nas exportações for mantido, é certo que a projeção de apenas 200 mil unidades comercializadas com o exterior será alcançada bem antes do fim do ano.