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Funcionários da Renault aceitam acordo e encerram greve na fábrica do Paraná

Funcionários serão readmitidos, mas ficarão em casa até terminar o período do PDV


REDAÇÃO AB

Após 21 dias, termina a greve dos funcionários do complexo industrial da Renault em São José dos Pinhais (PR) iniciada em protesto contra a demissão de 747 trabalhadores. O acordo que entrou em votação online na segunda-feira, 10 (leia aqui), e elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) em conjunto com a montadora foi aprovado pela maioria absoluta dos empregados (95% ou 5.119 votos), enquanto 164 pessoas foram contrárias ao acordo.

Assim, os 747 funcionários serão readmitidos, mas ficarão em casa até o dia 20 de agosto, quando termina o PDV (plano de demissão voluntária) organizado pela Renault. Os demais retornam ao trabalho já na quarta-feira, 12. Também foram aprovados um pacote salarial que contempla a data-base da categoria e um programa de participação nos lucros e resultados (PLR).

De acordo com o sindicato, a Renault também se comprometeu em tentar adiantar a vinda de um novo produto para a fábrica paranaense, o que pode influenciar na lucratividade da empresa. Contudo, não há garantia de que essa tentativa vá se concretizar.

“A reintegração e o fechamento de um acordo que mantém os empregos é uma vitória dos trabalhadores que mostraram união e mobilização num momento difícil como esse. Como ficou claro, existem ferramentas que podem ajudar nesse sentido, basta ter boa vontade para sentar e negociar”, afirmou o presidente do SMC, Sérgio Butka.

RENAULT SE MANIFESTA

“Sempre estivemos abertos ao diálogo. As bases do acordo coletivo aprovado respondem aos desafios de adequação de estrutura e de competitividade que a empresa já vinha buscando, com soluções como o PDV, flexibilidades, além de todos os aspectos de competitividade definidos até agosto de 2024”, declarou em nota Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

Como a Justiça do Trabalho já havia deliberado em favor da anulação das demissões, com o argumento de que a montadora havia descumprido um termo de compromisso com o Ministério Público do Trabalho, em que se comprometia a negociar com o sindicato da categoria qualquer programa de dispensa, o acordo firmado ficou de bom tamanho. Agora, SMC e Renault devem retirar os processos judiciais que moviam um contra o outro.
 

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