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Randon registra queda no lucros no primeiro semestre

Lucro foi de 50% menor no primeiro semestre na comparação anual graças a paralisação da indústria automotiva


REDAÇÃO AB

As Empresas Randon reportaram lucro 50% menor no primeiro semestre na comparação anual, ao encerrar o período com R$ 58,2 milhões, informa em comunicado referente ao seu balanço financeiro divulgado na quarta-feira, 13. A crise gerada pela pandemia é apontada como principal fator que impactou os resultados da companhia, também afetada pela paralisação de toda a indústria automotiva durante o segundo trimestre. Com isso, a receita líquida diminuiu 14%, para R$ 2,1 bilhões.

Segundo o CFO Paulo Prignolato, abril foi o período mais afetado. Nesse contexto, a organização realizou movimentos importantes para preservar o caixa, ações que, segundo o executivo, trouxeram resultados para a melhora dos negócios da companhia. “Ainda que os números do segundo trimestre de 2020 tenham sido aquém do planejado para o ano, foram melhores do que se esperava no início da pandemia”, salienta.

O desempenho favorável da empresa foi impulsionado pela retomada de alguns segmentos a partir de maio, como o agronegócio, que se beneficia da safra recorde de grãos graças ao aumento da demanda no exterior e também pelo câmbio favorável.

Também ao longo do primeiro semestre, a companhia ressalta a importância de novos vegócios, como a Castertech e a Fras-le com novos clientes no exterior, além do acordo entre Suspensys com a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) para fornecer suspensões pneumáticas ao consórcio modular na fábrica de Resende (RJ).

Além disso, no segundo trimestre, a empresa reportou investimentos de R$ 29 milhões, parte dele para o projeto de modernização da estamparia da Randon Implementos e para a expansão de capacidade da controlada Fremax. Com isso, no primeiro semestre, os investimentos somaram quase R$ 59 milhões, com foco em manutenção e ganhos de produtividade.

Na divisão de autopeças, a Fras-le reportou faturamento líquido 6% menor no semestre, para R$ 965,1 milhões. O lucro líquido foi fortemente afetado e encerrou o período com queda de 53,4%, para R$ 11,9 milhões. “O cenário de incertezas de mercado, paralisações e dificuldades de operações de alguns clientes tornaram os meses de abril e maio os mais desafiadores para o nosso negócio. Em junho, a demanda atingiu níveis muito próximos aos registrados antes da pandemia, contribuindo para o otimismo moderado para os próximos trimestres”, destaca o diretor de relações com investidores da empresa, Hemerson de Souza.

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