Grupo Daimler concorda em pagar US$ 2,2 bilhões nos Estados Unidos para liquidar os encargos referentes ao dieselgate

A soma cobre multa federal e uma ação coletiva movida por proprietários de veículos Mercedes


REDAÇÃO AB

O Grupo Daimler concordou em pagar US$ 2,2 bilhões nos Estados Unidos para liquidar os encargos das acusações referentes ao dieselgate, pelo qual ficou conhecida a fraude praticada por montadoras para burlar os resultados oficiais de testes de emissões em veículos.

Segundo a Daimler, o governo dos EUA e o estado da Califórnia receberão US$ 1,5 bilhão do acordo, enquanto os proprietários da ação coletiva federal receberão US$ 700 milhões. O acordo entre a empresa, os donos de automóveis e as várias agências governamentais, incluindo o Departamento de Justiça e a Agência de Proteção Ambiental, ainda requer a aprovação dos tribunais do país norte-americano.

O grupo dono da Mercedes-Benz já havia divulgado que estava sob investigação e na ocasião comunicou já ter reservado recursos para cobrir as penalidades previstas. Ainda assim, o acordo terá um impacto financeiro, disse a empresa.

Como todas as empresas do setor, a companhia alemã registrou queda acentuada nas vendas dos últimos meses por causa da pandemia: no trimestre encerrado em junho, anotou prejuízo de € 1,9 bilhão (ou US$ 2,2 bilhões), coincidentemente o mesmo valor que aceitou pagar no processo federal.

A pena da Daimler é apenas uma fração dos mais de US$ 20 bilhões que a Volkswagen pagou nos Estados Unidos conforme acordo referente às acusações e processos civis por proprietários e governos estaduais depois que admitiu utilizar o software para burlar diferentes motores a diesel. Além da VW e Daimler, outras companhias como Audi, Porsche e FCA também foram indiciadas a pagar multas por causa do dieselgate.
 

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