Investimentos em gás natural no Rio de Janeiro pode chegar a R$ 45 bilhões
Revista Fator Brasil -
O Rio de Janeiro é o maior produtor do energético e o gás natural assume fundamental importância como combustível estratégico na retomada econômica do país
Estudo da Firjan “Rio a todo gás” enumera ações para que o gás natural tenha um papel estratégico na retomada econômica pós-pandemia no estado e no país.
O Rio de Janeiro é o maior produtor do energético e o gás natural assume fundamental importância como combustível estratégico na retomada econômica do país e, em especial, do estado pós-pandemia. No dia 25 de agosto (terça-feira ), a Câmara Federal deve votar o projeto de lei que cria o novo Marco Legal para o gás natural no país. No início de julho, a Firjan lançou o estudo “Rio a todo gás”, documento com propostas para destravar investimentos em gás natural, que podem alcançar até R$ 45 bilhões no estado fluminense.
O principal foco do estudo foi apresentar sugestões e soluções para projetos que usem o gás natural além da geração de energia elétrica, onde atualmente estão concentradas as principais ações para a expansão do produto. Conforme a federação, há uma diversidade de investimentos que pode ter o gás natural como insumo propulsor de desenvolvimento: siderurgia, petroquímica, usinas de fertilizantes, expansão do GNV em veículos leves e pesados, além das indústrias de vidro, cerâmica e sal.
— O mercado de gás natural exerce papel fundamental na superação da crise que hoje vivemos e no processo de reconstrução da economia. Precisamos usar este produto para além de um combustível de transição energética — afirmou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
Gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação, Karine Fragoso lembra que cada 1 milhão de metros cúbicos/dia consumidos pelas indústrias do Rio gera R$ 60 milhões em ICMS e R$ 20 milhões em royalties e participação especial para os cofres públicos. Segundo Karine, há oportunidades na exploração e produção, no transporte e tratamento do produto, e na implantação de plantas industriais.
No lançamento, o documento foi entregue a autoridades dos governos estadual e federal, além de parlamentares da Alerj e da Câmara Federal, já que muitas proposições dependem da aprovação da lei que estabelece o marco legal do gás, em tramitação no Congresso. No âmbito estadual, no curtíssimo prazo, é importante a definição das regras para o mercado livre fluminense e a escolha dos novos conselheiros da Agenersa, agência responsável por implementar novas regulações para o mercado do gás natural.
Estimular novos projetos a partir do gás natural significa agregar valor no estado, além reduzir a dependência nacional de produtos importados, como por exemplo na indústria química, que importa mais de 70% dos fertilizantes. Também é importante a expansão do uso do GNV leve e criação do mercado para veículos pesados, como ônibus e caminhões, reduzindo os custos para a população e melhorando a competitividade do país.