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Peugeot estreia a eletrificação da marca no Brasil

Marca tenta suprir ausência de opção turbo com oferta de propulsão elétrica em plataforma multienergia


PEDRO KUTNEY, AB

O lançamento do novo Peugeot 208 também marcará a estreia da estratégia de eletrificação da marca no Brasil. Com a plataforma multienergética CMP (de common modular platform) sobre a qual é construído o novo compacto, o Grupo PSA iniciou no ano passado o lançamento de carros com uma mesma carroceria e múltiplas escolhas de propulsão, a combustão, 100% elétrica ou híbrida plug-in recarregável na tomada. No mercado brasileiro, a Peugeot aproveitou a isenção de imposto de importação para modelos a bateria para lançar a versão elétrica do 208 aqui batizada de e-GT, que vai representar a opção esportiva do hatch com 136 cavalos, torque máximo de 26,5 kgfm e aceleração de 0 a 100 km/h em 8 segundos, segundo medições do fabricante.

A versão e-GT será importada da França – com pré-reserva aberta este mês mas ainda sem preço definido porque as entregas só começam a partir de janeiro. Ana Theresa Borsari, diretora geral da Peugeot no Brasil, reconhece que o 208 elétrico terá participação mínima nas vendas, mas ela destaca que a demanda se mostra acima das expectativas.

“O 208 elétrico já tem lista de espera de cinco meses na Europa e aqui, mesmo sem saber o preço, já temos 2,5 mil pessoas interessadas em fazer a reserva, sendo que 250 afirmam que querem por qualquer preço. Eu não esperava tudo isso”, afirma Ana Theresa Borsari.

A executiva avalia que mesmo sem tantos incentivos como na Europa para venda de elétricos no Brasil, a isenção do imposto de importação para modelos a bateria já é um bom começo. Ela aponta que existe no mercado brasileiro a demanda de público formado especialmente por “artistas e famosos interessados em expressar sua personalidade com o comportamento de consumo diferente”. Para Ana Theresa, o 208 e-GT vai aproveitar esse interesse crescente oferecendo o mesmo design do carro a combustão.

A diretora da Peugeot garante que a opção por trazer o elétrico não foi para suprir a ausência de motorização turbinada no novo 208 no Brasil, onde a única opção a combustão é o velho 1.6 flex aspirado de 118 cv com etanol, disponível nas concessionárias a partir deste mês. “Escolhemos para ser a versão esportiva do 208 a tecnologia mais moderna do grupo, para de fato representar um novo ciclo da marca no País, o futuro, que é a plataforma multienergia”, justifica Ana Theresa.

Oswaldo Ramos, diretor comercial da Peugeot, complementa: “Na Europa o 208 elétrico é topo de linha, diferente da estratégia da Renault ou Nissan e mais próxima do que faz a BMW. Queremos o mesmo no Brasil, que o cliente compre o carro não porque é elétrico, mas porque é esportivo”.

Ana Theresa ainda não confirma quando nem qual modelo, mas admite que faz parte dos planos oferecer também no Brasil todas as opções da estratégia multienergética do grupo, o que também inclui os híbridos plug-in, não disponível no caso do 208, mas oferecida em SUVs como o 3008 e 5008.
 

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