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Cerimônia virtual de premiação do Suppliers Excellence Awards 2020 da CNH Industrial

Petronas foi Fornecedor do Ano do Suppliers Excellence Awards 2020 que reconheceu 22 empresas em nove categorias e oito áreas de negócios na América do Sul


PEDRO KUTNEY, AB

Foi com o alívio de observar ritmo de recuperação dos negócios muito melhor do que era esperado que Vilmar Fistarol, presidente do grupo CNH Industrial na América do Sul, externou o seu “prazer de errar” todas as catastróficas previsões feitas em março, quando a pandemia de coronavírus entrou no Brasil e derrubou a economia. O executivo falou aos principais fornecedores da empresa na região durante a cerimônia virtual de premiação do Suppliers Excellence Awards 2020 na noite da terça-feira, 15, que reconheceu os melhores desempenhos dos parceiros da extensa cadeia de suprimentos que envolve o fornecimento de componentes e serviços para máquinas agrícolas e de construção Case e New Holland, caminhões e ônibus Iveco e motores da FPT Industrial.

O cenário mudou completamente desde março passado – a começar pela própria entrega dos troféus do prêmio aos fornecedores, que estava agendada para aquele mês e teve de ser transferida para setembro, em evento digital –, mas a CNH Industrial e sua cadeia de suprimentos resistiram ao impacto da Covid-19, não sem dores, mas longe do desastre esperado no início da crise econômico-sanitária. O diretor de compras do grupo na América do Sul, Cláudio Brizon, lembra já em abril a empresa foi uma das primeiras a retomar as atividades em todas as suas cinco fábricas no Brasil e, segundo ele, até agora nenhuma linha parou por falta de componentes ou insumos, nem houve perdas significativas na cadeia de suprimentos de cerca de 700 fornecedores.

Graças especialmente ao bom desempenho do agronegócio brasileiro, maior impulsor dos negócios em todas as áreas de atuação da CNH, o impacto da Covid-19 foi mitigado e o tamanho da crise esperada em março se mostrou bem menor em setembro, o que pode ser medido pelo orçamento de compras, que em 2020 deverá repetir os R$ 5 bilhões de 2019, segundo estima Brison.

“No começo da pandemia estimamos uma queda de 35% a 45% [no orçamento de compras deste ano em comparação com 2019]. Continuamos a monitorar o movimento do mercado, mas os volumes estão subindo a cada semana e já é possível dizer que o viés é positivo. Tivemos uma posição conservadora a princípio e agora trocamos as baterias de nossa bola de cristal diante de um cenário melhor”, avalia Cláudio Brizon.

GARGALOS MONITORADOS

De acordo com o diretor de compras, “a demanda vem crescendo de forma interessante”, o que colocou pressão sobre os fornecedores, que esperavam por uma retomada mais lenta. “Estamos mapeando constantemente os gargalos que vão surgindo, aplicamos pesquisas digitais com a cadeia de fornecimento para antecipar possíveis problemas e orientar ações de suporte à cadeia. Até agora reagimos rápido, não houve paradas de linhas por falta de peças ou insumos, mas verificamos certa falta de flexibilidade em alguns tipos de componentes, o que nos obriga a fazer substituições ou mudar o mix de produtos”, informa.

Brizon diz que a pandemia formou alguns gargalos nas importações de itens que vêm de países da Europa e China, que passaram por longas quarentenas sem produção, o que induziu a CNH a buscar mais fornecedores nacionais. “Agora mesmo enfrentamos problemas com fábricas paradas no norte da Índia que são uma importante fonte para certos componentes”, conta. “Mas nossa estratégia é sempre nacionalizar o máximo, para reduzir problemas de logística e ter acesso a linhas de financiamento (BNDES Finame) que exigem conteúdo local. Por isso nossos produtos já têm alto índice de nacionalização, em média de 70%, o que se torna ainda mais importante para a nossa competitividade com a desvalorização cambial”, diz.

EXPECTATIVA POSITIVA PARA 2021

O executivo afirma que neste momento a CNH Industrial está revisando as métricas para projetar a produção e os suprimentos necessários para o próximo ano. Segundo ele, o planejamento não foi concluído e nenhuma estimativa foi passada aos fornecedores, até porque o segundo semestre segue com retomada acima do que era esperado e isso afeta as previsões. “Ainda estamos desenhando o cenário de 2021. Temos expectativa positiva com 2021, mas nada exorbitante. Deverá ser um ano de recuperação das perdas da pandemia em 2020. Pessoalmente, espero por crescimento nos segmentos que atuamos que pode variar de 5% a 6%”, prevê.

Ao concluir sua mensagem aos fornecedores durante a cerimônia virtual de premiação, Vilmar Fistarol destacou a importância da cadeia seguir investindo em inovação, competitividade e eficiência com foco em melhorar a experiência do cliente com as marcas e produtos da CNH Industrial, para aproveitar a retomada mais forte prevista para 2021. Ele também exortou os parceiros de negócios a acompanhar o grupo nos investimentos e nos programas de sustentabilidade socioambiental, diversidade e inclusão em suas empresas, bem como a aproveitar o legado de solidariedade que a pandemia pode deixar.

“Temos de investir no que agrega valor às nossas organizações e à sociedade em seu entorno. Estamos investindo e vocês fornecedores não podem ficar de fora”, concluiu Vilmar Fistarol.

OS MELHORES FORNECEDORES DA CNHI NO SUPPLIERS EXCELLENCE AWARDS 2020

A premiação dos fornecedores da CNH Industrial na América do Sul em 2020 levou em conta o desempenho em 2019 de empresas da cadeia de suprimentos com relacionamento comercial superior a US$ 300 mil no ano. Foram premiados 18 parceiros pela performance levando em conta mais de 50 critérios nas categorias qualidade, entregas, soluções de aftermarket, parceria comercial, tecnologia & inovação, subdivididos no fornecimento às quatro principais áreas de atuação do grupo CNH (máquinas agrícolas, de construção, veículos comerciais e powertrain). Também foram reconhecidos dois fornecedores transversais de equipamentos (capex) & serviços e transporte & logística.

Além desses, foram premiados os quatro melhores projetos na categoria especial de sustentabilidade, dois de programas de responsabilidade social e dois voltados à preservação do meio ambiente. As iniciativas foram escolhidas pelo comitê de Sustentabilidade da CNH Industrial, que avaliou este ano o total de 39 projetos inscritos.

Veja abaixo todos os vencedores:

• FORNECEDOR DO ANO – Petronas

• SOLUÇÕES DE AFTERMARKET (REPOSIÇÃO)

- Máquinas Agrícolas: SFK do Brasil
- Máquinas de Construção: Mann+Hummel
- Veículos Comerciais: Mann+Hummel
- Powertrain: OMR

• ENTREGAS

- Máquinas Agrícolas: Musian Canciani
- Máquinas de Construção: Alfagomma
- Veículos Comerciais: Rassini-NHK
- Powertrain: Thyssenkrupp

• RELACIONAMENTO COMERCIAL

- Máquinas Agrícolas: Sulplast
- Máquinas de Construção: CCS
- Veículos Comerciais: Mangels
- Powertrain: Wabco

• QUALIDADE

- Máquinas Agrícolas: Agropertences
- Máquinas de Construção: Petronas
- Veículos Comerciais: ZF do Brasil
- Powertrain: Denso

• TECNOLOGIA & INOVAÇÃO

- Máquinas Agrícolas: Robert Bosch
- Máquinas de Construção: Italytec
- Veículos Comerciais: Maxion Montich
- Powertrain: Petronas

• CAPEX (EQUIPAMENTOS) & SERVIÇOS – Fenix

• TRANSPORTE E LOGÍSTICA – Gefco Logis Brasil

• SUSTENTABILIDADE – RESPONSABILIDADE SOCIAL

Delphi (projeto “Semana da Sustentabilidade”)
Fundimisa (projeto “Lar dos Sonhos”)

• SUSTENTABILIDADE – MEIO AMBIENTE

Robert Bosch (projeto Sistema Fotovoltáico em Curitiba)
SKF do Brasil (projeto “Recondoil – Regeneração de Óleos”)

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