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Fenabrave atualiza projeção para o mercado de 2020

Entidade melhorou moderadamente todas as previsões, com base na aceleração das vendas que vem sendo verificada nos últimos meses


PEDRO KUTNEY, AB

Após cinco meses seguidos de recuperação das vendas desde o tombo profundo provocado pela pandemia de coronavírus em março e abril, a Fenabrave, associação que integra os concessionários, revisou pela segunda vez suas projeções para 2020. A entidade melhorou moderadamente todas as previsões de emplacamentos para automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos.

Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave, justificou as novas previsões com base na aceleração das vendas que vem sendo verificada nos últimos meses. A entidade projeta que o atual ritmo de crescimento deve se manter até o fim do ano, mas aponta que falta de alguns produtos no mercado, especialmente caminhões, pode segurar o ritmo da recuperação.

"A cada mês que passa observamos que o mercado vem retomando os volumes e se readequando ao que se convencionou chamar de "novo normal". Tanto que, apesar de ter o mesmo número de dias úteis de agosto (21), o volume de setembro foi mais elevado", destaca Alarico Assumpção Júnior.

NOVAS PROJEÇÕES

Em sua primeira revisão de projeções divulgada em julho passado para o mercado automóveis e comerciais leves, a Fenabrave previa queda nas vendas de 37,1% e este mês melhorou a perspectiva projetando retração de 29,4%, para 1,88 milhão de unidades em 2020. A entidade estima recuo maior nas vendas de veículos leves de passageiros (1,55 milhão e -31,5%) e menor no caso de utilitários (329 mil e -17,1%).

Para o mercado de caminhões, a projeção que era de queda de 18,6% este ano agora passou a um recuo menor, de quase 15%, o que resultará em 86,6 mil unidades vendidas. Segundo a Fenabrave, restrições de componentes e ritmo mais lento na produção estão freando o ritmo de recuperação do segmento, que vinha em passo mais acelerado até o meio do ano.

Para as vendas de ônibus a Fenabrave projeta tombo de 33,1%, para 18,2 mil unidades. Apesar de o segmento ter sido o mais afetado pela pandemia com restrições a viagens e receio de se tornar foco de contágio da Covid-19, a queda prevista agora é menor do que a estimada em julho, quando a entidade esperava o emplacamento de apenas 16,5 mil ônibus, o que representaria retração de 39,1%.

O mercado de motos também se aqueceu, mas sofre com a falta de componentes para a produção e de muitos meses de paralisação nas principais linhas de Manaus (AM). Levando esse fator em conta, a Fenabrave projeta queda nas vendas de 17,7% este ano, para 887,3 mil unidades emplacadas – na previsão anterior a entidade estimava tombo bem maior, de 35,8%.

Fenabrave atualiza projeção para o mercado de 2020

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