Pré-sal registra recorde de produção pelo segundo mês consecutivo

Recorde é referente tanto na produção de petróleo quanto na de gás natural


A produção no Pré-sal em agosto registrou recordes pelo segundo mês consecutivo, tanto na produção de petróleo quanto na de gás natural. No total, foram produzidos 2,776 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 2,201 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 91,398 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural. O recorde anterior era de julho, quando foram produzidos 2,179 MMbbl/d de petróleo e 88,88 MMm3de gás natural.

No total, houve aumento de 1,4% em relação ao mês anterior e de 14,4% em relação a agosto de 2019. A produção no Pré-sal teve origem em 117 poços e correspondeu a 70,7% da produção nacional, conforme Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado nno dia 02 de outubro (sexta-feira).

Produção nacional — Neste mês, a produção nacional foi de 3,927 MMboe/d, sendo 3,087 MMbbl/d de petróleo e 134 MMm3/d de gás natural. A produção de petróleo aumentou 0,3% se comparada com o mês anterior e 3,3% frente a agosto de 2019. No gás natural, houve aumento de 2,4% em relação a julho e de 0,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

De acordo com a agencia reguladora, durante o mês de agosto, 33 campos tiveram a suas respectivas produções interrompidas temporariamente devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, dos quais 16 marítimos e 17 terrestres, e um total de 60 instalações de produção marítimas permaneceram com produção interrompida. Não houve alteração em relação a julho.

O volume in place corresponde ao total de petróleo existente nos reservatórios, entretanto, nem todo esse volume será produzido, pois a quantidade de óleo que é recuperável é determinada por uma série de fatores, incluindo, por exemplo, a permeabilidade e a porosidade das rochas, além da viscosidade do óleo. Soluções tecnológicas são implementadas para ampliar o fator de recuperação do petróleo dos campos, porém uma parte considerável do volume in place sempre permanecerá aprisionada no reservatório.

— As medidas tomadas pela ANP têm sido importantes vetores para incrementar o fator de recuperação dos campos, ou seja, melhorar a relação entre as reservas existentes e o que é de fato extraído. Neste contexto, a Agência vem exigindo novos investimentos em contrapartida das prorrogações dos contratos de concessão visando maximizar a extração dos recursos petrolíferos. Adicionalmente, a ANP publicou a Resolução nº 749/2018, que permitiu a redução das alíquotas de royalties sobre a produção incremental de campos maduros. Essas ações da Agência estão em consonância com as diretrizes contidas nas Resoluções CNPE nº 02/2016 e nº 17/2017— destaca a reguladora.

Aproveitamento do gás natural — Em agosto, o aproveitamento de gás natural foi de 97%. Foram disponibilizados ao mercado 55,7 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 3,9 MMm³/d, uma redução de 0,2% se comparada ao mês anterior e um aumento de 20,2% se comparada ao mesmo mês em 2019.

Origem da produção — Neste mês de agosto, os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 85,5% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,7% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 42,9% do total.

Destaques — Em agosto, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 1,004 MMbbl/d de petróleo e 44,5 MMm3/d de gás natural.

A plataforma Petrobras 77, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 165,598 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo.

A instalação FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Tupi, por meio de sete poços a ela interligados, produziu 7,337 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.

Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.097. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 67.

Campos de acumulações marginais — Esses campos produziram 436,3 boe/d, sendo 83 bbl/d de petróleo e 56,2 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 349 boe/d.

No mês de agosto de 2020, 269 áreas concedidas, três áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 35 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 63 são marítimas e 206 terrestres, sendo dez relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.775 poços, sendo 517 marítimos e 6.258 terrestres.

— O grau API médio do petróleo extraído no Brasil foi de 28, sendo 2,7% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 86,1% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 11,1% óleo pesado (<22 API).— informa a ANP

— As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 99,4 Mboe/d, sendo 79,2 mil bbl/d de petróleo e 3,2 MMm³/d de gás natural. Desse total, 82,4 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 17 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 11.126 boe/d no Rio Grande do Norte, 5.337 boe/d na Bahia, 290 boe/d em Alagoas, 134 boe/d no Espírito Santo e 130 boe/d em Sergipe— conclui.

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