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Montadoras brasileiras exportaram 8,5% mais veículos

Houve crescimento de 8,5% em relação a agosto; no acumulado do ano, a queda continua significativa, de 38,6%


WILSON TOUME, PARA AB

A Anfavea divulgou seu balanço mensal na quarta-feira, 7, e de acordo com o relatório as montadoras brasileiras exportaram 30.519 veículos em setembro, o que representa aumento de 8,5% em relação às 28.126 unidades vendidas para o mercado externo em agosto. Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, observou que boa parte do total exportado (aproximadamente 18 mil automóveis) foi destinado ao mercado argentino após a regularização de encomendas que estavam paradas por conta da pandemia.

Na comparação com setembro do ano passado, quando foram exportados 36.640 veículos, a retração é de 16,7%, porcentual que continua alto, mas é menor que a redução de 23,4% registrada em agosto. Neste ano, desde janeiro, foram comercializadas 207.265 unidades com países do exterior, contra 337.499 modelos no mesmo período do ano passado, o que representa queda de 38,6%.

O presidente da Anfavea destacou o fato de os principais destinos dos automóveis brasileiros também estarem passando por problemas, com significativas quedas de venda no acumulado do ano, como Argentina (34%), México (30%), Colômbia (36%) e Chile (45%), o que contribui para o recuo nas exportações nacionais.

Em valores, os números seguem a mesma movimentação, ou seja, houve aumento de 3,8% em setembro, com faturamento de US$ 693,2 mil, contra US$ 667,7 mil registrados em agosto. No acumulado, porém, a queda segue expressiva, de 34% na comparação com 2019. As vendas somam apenas US$ 5 bilhões desde janeiro deste ano, contra US$ 7,6 bilhões no ano passado.

NOVA PROJEÇÃO INDICA QUEDA MENOR

Como havia sido anunciado em agosto, a Anfavea divulgou também as novas projeções para as exportações do setor até o fim do ano, e como se imaginava elas não são animadoras, indicado queda de 34%, com 284 mil unidades enviadas para o exterior até o fim do ano (em 2019, foram 428 mil). Vale lembrar, porém, que a associação antevia um ano ruim em termos de veículos exportados já em janeiro, muito antes da pandemia.

Na primeira projeção de 2020, a entidade previa queda de 11% no total de exportações, enquanto em julho (em meio a um cenário caótico) a previsão foi de uma diminuição desastrosa de 53%. A nova análise é melhor que a anterior, mas segue negativa e é muito influenciada pela situação dos principais parceiros brasileiros – como já foi mencionado – e pela falta de competitividade dos produtos nacionais, como o presidente da Anfavea sempre faz questão de lembrar.?
 

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