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Marcopolo registra recuperação de produção no terceiro trimestre de 2020

No entanto, empresa também registrou no trimestre terminado em setembro o primeiro do ano com prejuízo


REDAÇÃO AB

A Marcopolo apresentou recuperação da produção no terceiro trimestre em comparação com os trimestres anteriores, que foram os piores meses por causa da pandemia. No entanto, a encarroçadora de ônibus também registrou no trimestre terminado em setembro o primeiro do ano com prejuízo. Em balanço financeiro divulgado ao mercado, a empresa informa que a produção total atingiu 3,4 mil unidades, 12,8% abaixo de mesmo período do ano passado, no entanto, foi 46% maior do que o segundo trimestre.

A receita líquida somou R$ 836,5 milhões, redução de 22,6% na comparação anual. O prejuízo do período foi de R$ 57,4 milhões, com margem de -6,9%. Segundo a empresa, os custos com rescisões e as operações da NFI Group foram apontados como os principais fatores que afetaram os resultados. No terceiro trimestre, a operação da subsidiária canadense trouxe equivalência patrimonial negativa de R$ 43,8 milhões, com os resultados da empresa sendo afetados pelos desdobramentos da pandemia na América do Norte.

No Brasil, o programa Caminho da Escola tem ajudado a minimizar os impactos da queda da demanda no transporte coletivo. A empresa contabiliza que foram produzidos 2.534 veículos para o programa no acumulado de nove meses deste ano.

“O ritmo destas entregas deve permanecer forte até dezembro e as adesões dos municípios se encontram próximas ao limite das nossas 4.800 unidades no Caminho da Escola”, afirma José Antonio Valiati, diretor financeiro e de relações com investidores da Marcopolo.

A demanda por ônibus rodoviários, que é a principal fabricação da planta de Caxias do Sul (RS), é a que segue mais impactada, uma vez que é movimentada pelo turismo. No entanto, a companhia indica que o setor ensaia leves movimentos de recuperação. Por outro lado, as atividades de fretamento apresentaram bons resultados, com incremento de vendas sobre 2019, graças ao aumento das frotas dedicadas para atender as novas exigências de transporte em com distanciamento entre os funcionários.

“Isso abriu oportunidade para o aumento das nossas vendas de Volare, que também se destacou no último trimestre por conta de exportação para o Chile”, acrescenta Valiati.

Outro destaque apresentado no balanço é de que as inovações da plataforma Marcopolo Biosafe estiveram presentes em cerca de 85% das carrocerias produzidas pela companhia no último trimestre.

Enquanto isso, as exportações apresentam melhor desempenho na comparação com o mercado interno, em função da desvalorização cambial. A redução do volume de exportações, como reflexo da pandemia, é compensada pela maior receita e rentabilidade das operações, devido ao atual patamar do câmbio.

“Gradativamente, as operações de transporte coletivo na América do Sul voltam a circular, com reflexos positivos nas vendas ao Chile, Argentina e Peru. As entregas ao mercado africano permanecem sendo importantes”, observa o diretor.

Já os resultados da Marcopolo Austrália foram afetados negativamente pela segunda onda da pandemia no país, gerando postergação de entregas para o último trimestre. Unidades da empresa no México, China e África do Sul sofreram com menor demanda em seus respectivos mercados, com perspectivas de recuperação só a partir de 2021.

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