Anef revisa suas projeções de crédito para o financiamento de veículos e espera uma queda menor no total de recursos

Total de contratos para compra de veículos deve fechar o ano com retração de 11,8%


REDAÇÃO AB

A Anef, associação que reúne os bancos de montadoras, revisou para cima suas projeções de crédito para o financiamento de veículos e agora espera uma queda menor no total de recursos direcionados ao segmento em 2020. Em comunicado, a entidade informa que espera fechar o ano com queda de 11,8% no total de recursos liberados contra uma retração de 22,6% estimada anteriormente, em julho.

Segundo a entidade, a nova previsão reflete os sinais de reação que o mercado de veículos vem anotando nos últimos meses, mesmo com a crise da pandemia. Para se ter ideia, os primeiros dias de vendas de novembro revelam a melhor média diária de vendas de veículos desde fevereiro (leia aqui).

No terceiro trimestre, o total de recursos liberados para financiamento de veículos registrou queda abaixo de dois dígitos, fechando em 7,6% abaixo de mesmo período do ano passado, para R$ 107 bilhões. A Anef lembra que o movimento de retração desacelerou no início do segundo semestre, acompanhando as medidas de flexibilização social e macroeconômicas.

Contudo, o presidente da Anef, Paulo Nomam, alerta para outros fatores, como as variáveis que vem ocorrendo na cadeia produtiva do setor automotivo. “Os resultados do total de recursos liberados foram positivos no trimestre, retornando aos níveis pré-pandemia, registrados até janeiro deste ano. Os bons números atingidos no primeiro trimestre têm segurado os indicadores, mas é preciso observar com cautela o comportamento da indústria nos próximos meses”, destaca Nomam.

A inadimplência, que chegou a ser o foco da preocupação do mercado no início da crise, tem se mantido estável ao longo de 2020. Contrariando as expectativas, o indicador para pessoa física registrou queda de 0,8 ponto porcentual no terceiro trimestre sobre o anterior, estabilizando-se em 3,5% do total de financiamentos ativos, segundo dados do Banco Central. Já a inadimplência de pessoa jurídica também confirma a tendência de estabilidade, estacionando em apenas 1%.

Publicidade