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Associados da Abeifa pedem pela redução de impostos para o setor de carros importados

Dirigente da Abeifa alerta para situação de sufoco financeiro de importadores e concessionários, podendo gerar fechamento de lojas e demissões


Diante de novos resultados negativos divulgados na terça-feira, 1º, as empresas associadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) voltaram a apelar ao governo com o pleito de reduzir o imposto de importação de automóveis, dos 35% atuais para 20%. O pedido foi protocolado oficialmente pela entidade em abril, logo após o anúncio da pandemia.

"Desde o início de nossa gestão, em 16 de março, temos enfatizado que o setor de veículos importados não suportaria período prolongado de pressão sobre os preços praticados em reais ocasionada pela valorização contínua das principais moedas estrangeiras, notadamente o dólar e o euro. Passados oito meses, o setor está no limite da exaustão financeira. Algo precisa ser feito para aliviar os grupos empresariais nacionais e com isso proteger redes de concessionárias e empretos do setor", afirmou João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.

O dirigente alertou ainda que a situação de sufoco financeiro de importadores e concessionários poderá prejudicar os consumidores brasileiros de carros importados, que sem a rede atual podem ficar desassistidos em fornecimento de peças e serviços de pós-vendas.

Em ofício enviado recentemente à Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, ligada ao Ministério da Economia, a Abeifa destacou que 72% dos veículos importados pelo Brasil são provenientes do Mercosul e do México, e que, portanto, já contam com o benefício da alíquota zero de importação. Ou seja, os automóveis trazidos de outros países representam somente 3% das vendas internas, mas são responsáveis por gerar 17,5 mil postos de trabalho, além de arrecadação tributária anual que supera R$ 1,2 bilhão.

“Esse cenário nos impõe um pleito inadiável; precisamos que a alíquota do imposto de importação, dos atuais 35%, seja reduzido para 20%, o equivalente à TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul. Essa medida não se caracteriza em benefício fiscal, ao contrário, diante do exposto na última semana pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, fortaleceria o Brasil no comércio internacional, até porque o setor de veículos importados, desde 1990, tem contribuído efetivamente com o engrandecimento do setor automotivo brasileiro”, argumentou o presidente da Abeifa.

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