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Fenabrave apresenta divulga suas projeções para 2021

Entidade faz previsão conservadora, estima 2,26 milhões de emplacamentos no ano


PEDRO KUTNEY, AB

Após fechar 2020 com 1,95 milhão de veículos leves vendidos, o pior resultado em 14 anos, contabilizando queda de 26,6% sobre 2019, a Fenabrave (associação dos distribuidores autorizados) apresentou na terça-feira, 5, os números consolidados de emplacamentos do ano passado com base nos dados do Renavam e divulgou suas projeções para 2021. Apesar de o mercado apontar ritmo anual de 2,5 milhões de automóveis e comerciais leves para este ano, a entidade optou por uma previsão mais conservadora, estimando a venda de 2,26 milhões de unidades, o que representa moderada alta de 15,8% sobre o ano anterior – boa parte das consultorias estima desempenho bem melhor, com crescimento de 23% a 28%.

“Esperamos poder recuperar aos poucos o mercado, mas ainda há incertezas e fatos que podem repercutir nas nossas projeções”, adverte Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave.

Segundo comunicado da associação, a nova projeção anual foi feita em momento que ainda conserva alta volatilidade do mercado, com expectativa de crescimento do PIB de 3,5% este ano, o que ainda é pouco para recuperar todos os estragos econômicos causados pela pandemia de coronavírus, que continua ativa. O desempenho da economia brasileira permanece incerto diante de variáveis como desvalorização cambial, esperada alta da inflação e dos juros e aumento substancial do desemprego.

RESULTADO DE 2020 MELHORES QUE OS PROJETADOS

Na primeira divulgação de resultados de 2021, a Fenabrave comemorou o fato de ter errado suas projeções de 2020 revisadas pela última vez no início de outubro passado. Na época a entidade estimou que os emplacamentos de veículos leves no ano deveriam cair quase 30% em relação a 2019, somando 1,88 milhão de unidades, número 70 mil unidades abaixo do que foi efetivamente realizado (1,95 milhão e queda de 26,6%).

“Os principais fatores que influenciaram nessa melhora, principalmente a partir do segundo semestre, foram a manutenção da taxa de juros em um patamar baixo e o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal, que colaboraram para o aquecimento do comércio e para a baixa inadimplência. Com isso, melhorou a oferta de crédito, favorecendo a tomada de decisão para a aquisição de veículos”, explica o presidente da Fenabrave.

Assumpção Jr. destacou ainda que os desempenhos de 2020 e de dezembro (o melhor mês do ano) poderia ter sido melhor, não fosse pela falta de produtos, o que contribuiu para segurar a recuperação do mercado em relação a 2019.

“Apesar de o último trimestre ter sido positivo e ter demonstrado uma forte reação de todos os segmentos, essa recuperação não foi suficiente para superar os resultados do último trimestre de 2019. Isso se deve, entre outros fatores, à falta de disponibilidade de automóveis e comerciais leves no mercado, causada pela falta de componentes e pelo reflexo da pandemia, que retraiu a produção na indústria”, avaliou o dirigente.

Contudo, Assumpção Jr. reconhece que o mercado tem condições favoráveis para evoluir melhor em 2021. “Vale ressaltar que a oferta de crédito para os todos segmentos de veículos continua abundante e a demanda permanece aquecida”, destaca o presidente da Fenabrave.
 

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