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Setor de máquinas agrícolas e de construção tem crescimento de 7%

Com crédito disponível e bons preços de commodities, segmento pode repetir crescimento em 2021


SUELI REIS, AB

O ano terminou muito bem para o setor de máquinas agrícolas e de construção: as vendas cresceram 7,3% em 2020 na comparação com o ano anterior, ao registrar 47,1 mil unidades negociadas, indica balanço divulgado pela Anfavea, associação das fabricantes. Segundo a entidade, com o cenário que já se desenha para 2021, de crédito disponível e bons preços das commodities, o setor poderá repetir o desempenho neste ano, para o qual a entidade prevê aumento de iguais 7%, para pouco mais de 50 mil máquinas.

Em dezembro, o segmento registrou seu melhor mês deste outubro de 2018, rompendo pela primeira vez em anos a barreira das 5 mil unidades mensais, resultado 17% maior que o de novembro e mais que o dobro quando comparado com dezembro de 2019.

O maior crescimento previsto para o segmento deverá vir das máquinas rodoviárias (ou de construção), cujo aumento anual deverá ser de 22%, para pouco mais de 6,5 mil unidades, indica a Anfavea em sua projeção. Atualmente, cerca de 20% a 25% desses equipamentos são vendidos a empresas ligadas ao agronegócio.

Na categoria de máquinas agrícolas, as montadoras preveem a venda de 43,8 mil unidades, 5% a mais do que em 2020.

“O mercado agrícola está forte, com crédito disponível e preços das commodities interessantes. Na construção civil e infraestrutura, há um aumento por parte das pequenas e médias empresas e também no setor de locação, então, é um mercado que também está ficando mais forte em 2021”, comenta o vice-presidente da Anfavea, Alexandre Bernardes.

Mesmo com a boa demanda do mercado interno, a produção de máquinas fechou 2020 com volume quase 10% menor com relação ao ano anterior, para quase 50 mil unidades. Bernardes explica que a queda se deve essencialmente aos meses mais críticos para a indústria durante a pandemia, entre março e maio, quando algumas fábricas tiveram que fechar ou mesmo diminuir seu ritmo de produção para atender as novas regras de distanciamento físico entre funcionários.

Para este ano, as fabricantes esperam montar mais de 58 mil máquinas, o que deverá equivaler a um aumento de 23% sobre a produção de 2020.

Já as exportações, que caíram 33% no ano passado com apenas 8,6 mil unidades, devem voltar à rota do crescimento em 2021, quando as montadoras esperam embarcar 9,4 mil máquinas, uma alta de 9%, o que ainda não compensará as perdas do ano que passou.

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