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Ônibus encerraram 2020 com produção em queda de 33,5% na comparação com o ano anterior

Fortemente afetado pela pandemia, segmento pode reverter quadro em 2021, prevê Anfavea


SUELI REIS, AB

Apontado como o segmento mais impactado pela pandemia no setor automotivo, os ônibus encerraram 2020 com produção em queda de 33,5% na comparação com o ano anterior, totalizando 18,4 mil unidades, de acordo com o balanço do ano divulgado na sexta-feira, 8, pela Anfavea, associação que reúne as fabricantes. As linhas de montagem sucumbiram a um mercado enfraquecido pela baixa demanda causada pelas medidas de isolamento, diminuindo drasticamente ao longo de todo o ano a demanda do transporte urbano público e principalmente do rodoviário.

Com este resultado, 2020 se confirmou com o pior volume anual de produção de ônibus desde 1999. No último mês, com apenas 1 mil chassis, o setor teve o pior dezembro desde 2016.

No mercado doméstico brasileiro, em todo o ano passado foram vendidos 13,9 mil ônibus, queda de 33,4% sobre 2019, quando o setor havia registrado o emplacamento de quase 21 mil unidades. O volume fechado de 2020 ficou bem próximo ao esperado pelas fabricantes e foi o pior resultado anual desde 2017.

O mercado nacional de ônibus só não foi pior por causa do programa Caminho da Escola, principal cliente da indústria no ano passado. Segundo o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini, há uma expectativa de mais ônibus para o programa neste novo ano.

“Em 2021, prevemos um crescimento de 13% para ônibus, com algo em torno de 16 mil unidades, sustentado pelo Caminho da Escola. Tem uma nova licitação de quase 7 mil ônibus, que era para acontecer agora em janeiro, foi postergada, mas vai acontecer, então é uma expectativa de crescimento”, disse o vice-presidente da Anfavea.

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