Indústria nacional de pneus não conseguiu reverter as perdas profundas registradas em meses muito fracos
Automotive Business -
Segundo Anip, setor não conseguiu reverter as perdas geradas pela pandemia
REDAÇÃO AB
A indústria nacional de pneus fechou 2020 com vendas 13% menores ao entregar 51,7 milhões de unidades, na comparação com o ano anterior, quando o setor vendeu quase 59,5 milhões, de acordo com dados da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.
Em seu balanço, a entidade indica que o segmento não conseguiu reverter as perdas profundas registradas em meses muito fracos, consequência da pandemia. Todos os segmentos encerraram o ano com volumes menores, sendo pneus de automóveis com queda de 19,2%, comerciais leves com 13% e pneus de carga com o índice negativo de 1,8% e os de moto, com a menor queda, de 1,2%, todos no comparativo anual.
Contudo, em dezembro as vendas para montadoras cresceram 56% na comparação com mesmo mês de 2019, fechando em pouco mais de 1,08 milhão de unidades. Para o mercado de reposição, as variação positiva das vendas foi mais tímida, da mesma forma positiva, com aumento de 1,3% em 2020, para 3,79 milhões de pneus. Com isso, o setor registrou crescimento de 9,5% das vendas totais do mês, mas o resultado não foi suficiente para cobrir a queda acentuada vista em meses anteriores.
“Em um ano totalmente único, com suspensão de produção por um período determinado e de amplas medidas de prevenção em relação a Covid-19 que ainda permanecem, a indústria de pneumáticos no Brasil respondeu prontamente as necessidades de todos os mercados, inclusive com crescimento no fornecimento do equipamento original”, analisa Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip.
A balança comercial do setor fechou 2020 com superávit de US$ 220 milhões. Em volume, houve déficit, significando que o Brasil importou 9,6 milhões de pneus a mais do que exportou.