Importadoras da Abeifa estimam que suas vendas podem crescer 15% em 2021
Automotive Business -
Com a expectativa de atingir 68 mil veículos, associadas esperam retomar o nível de 2019
SUELI REIS, AB
O otimismo se dá após a entidade registrar um desempenho melhor que o esperado em 2020: as 15 marcas associadas encerraram o ano passado com a venda total de 59 mil unidades, entre modelos importados e montados localmente, e embora este volume represente queda de 12,7% sobre 2019, o número ficou acima do que as empresas haviam projetado para o ano, de 57,8 mil unidades e uma retração de 15%.
“Como Abeifa, esperamos retomar ao volume de vendas de 2019”, destacou o presidente da entidade, João Oliveira.
Segundo o executivo, o mercado apresentou uma performance melhor do que o esperado no segundo semestre, o que para a entidade ajudou a alavancar as vendas de suas empresas-membro.
“O consumidor teve maior potencial e desejo de compra; além disso, também houve um movimento de clientes que preferiram antecipar sua compra prevendo um aumento de preços”, justificou.
Da mesma forma, o presidente da Abeifa indica que assim como no ano passado, em 2021 o mercado deverá ser bastante distinto entre o grupo de veículos importados e os modelos produzidos localmente por quatro de suas 15 associadas: Caoa Chery, BMW, Land Rover e Suzuki.
Em 2020, a Abeifa registrou pela primeira vez uma inversão do volume de vendas, com os veículos produzidos no Brasil (31.646 unidades) tendo superado os importados (27.421 unidades) em 4,2 mil unidades. A entidade passou a integrar fabricantes de veículos em 2013.
De acordo com a previsão da entidade, o mesmo movimento deve se repetir em 2021, com um volume maior de carros nacionais, estimado em 38 mil unidades, enquanto os importados devem chegar a 30 mil carros. No caso dos importados, este total deverá representar um crescimento de 9,4% sobre o resultado de 2020, enquanto a venda dos nacionais será 20% maior.
O otimismo no grupo das que produzem aqui se deve principalmente ao resultado positivo de Caoa Chery e BMW, que além de liderarem os volumes de produção em 2020 entre as associadas, registraram crescimento de 0,1% e 6,2%, respectivamente, sobre a produção de 2019.
“A Caoa Chery, por exemplo, apresentou estabilidade no volume de produção, praticamente zerando suas perdas no ano e isso mostra o quanto a empresa poderia ter avançado ainda mais se não fosse os efeitos da pandemia. Da mesma forma, a BMW também cresceu, por isso a produção deste ano deverá ser maior”, comentou o presidente da Abeifa.
Nas vendas totais registradas pela entidade, que inclui importados e veículos de produção local, a Caoa Chery fechou 2020 na liderança entre as 15 marcas, com 34% de participação, seguida pela BMW com 21% e Volvo, com 13%.
Considerando apenas os veículos importados (sem os nacionais), a Volvo Cars liderou o ranking da Abeifa em 2020, com participação de 28,1%, enquanto a Kia fechou o ano na segunda posição, com 21,8%, seguida pela BMW, que com sua gama de importados, respondeu por 13,1% das vendas deste mercado.