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Ano de 2020 registrou crescimento no número de novos consorciados em todos os segmentos de veículos

Foram comercializadas 2,47 milhões de novas cotas no ano passado, contra 2,42 milhões registradas em 2019


O balanço anual da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) divulgado esta semana mostra que em 2020 houve aumento no número de novos consorciados em todos os segmentos de veículos (leves, motocicletas e pesados). Foram comercializadas 2,47 milhões de novas cotas no ano passado, contra 2,42 milhões registradas em 2019, o que representa aumento de 2,1%. Com isso, o número de participantes ativos também apresentou alta, de 5,3% no ano, com 6,51 milhões de clientes em 2020, contra 6,18 milhões no ano anterior.

Por conta do resultado satisfatório no ano passado, o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, afirmou que as expectativas para 2021 são positivas. “Ao gerir suas finanças pessoais, os consumidores têm avaliado as rentabilidades dos investimentos financeiros; contudo, face à baixa rentabilidade oferecida, muitos têm optado pelo investimento econômico ou patrimonial, possível a partir da adesão aos consórcios”, disse.

O segmento de veículos leves foi o responsável por atrair o maior número de clientes, com 1,3 milhão de novas cotas comercializadas (crescimento de 3,1% sobre 2019), isso mesmo depois de registrar a menor quantidade em abril, por conta da primeira onda da pandemia no Brasil. Curiosamente, porém, chama a atenção o fato de, mesmo com o crescimento no número de novos consorciados, participantes ativos (3,84 milhões) e do volume de crédito comercializado (R$ 60,9 bilhões), houve redução de 8,8% no número de consorciados que tiveram a oportunidade de adquirir bens – passou de 573,9 mil em 2019 para 523,5 mil em 2020.

MOTOS E PESADOS TAMBÉM FECHARAM 2020 EM ALTA

Também houve crescimento no segmento de motocicletas, com aumento superior a 30% no valor do tíquete médio, que passou de R$ 10,8 mil para R$ 14,1 mil, que se refletiu na alta dos negócios realizados. Mesmo com os problemas de atraso na entrega de motos – provocados pela falta de insumos e pelo ritmo de produção mais lento nas fábricas, por conta da pandemia – o setor registrou recorde na venda de novas cotas em setembro. Além disso, com quase 500 mil contemplações durante 2020, a modalidade consórcio acabou respondendo por 52,8% das vendas internas, ou seja, uma moto a cada duas comercializadas no País.

Com cerca de um terço de seus negócios voltado para o agronegócio, o segmento de pesados (caminhões, máquinas agrícolas e implementos) registrou aumento no tíquete médio (20%) e, consequentemente, alta nos negócios, durante o ano passado. A venda de novas cotas teve alta de 14,7%, passando de 94,8 mil consorciados em 2019 para 108,8 mil em 2020. O volume de crédito disponibilizado subiu 40%, saltando de R$ 5,5 bilhões em 2019 para R$ 7,6 bilhões no ano passado.

Para esse segmento, que além do agronegócio reúne atividades como o de transportes, a boa notícia é que, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2020/201 pode registrar novos recordes, com quase 270 milhões de toneladas de grãos, o que deve estimular novos negócios nas duas atividades e se refletir na modalidade de consórcios.

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