Abra Talks: Sugestões para redução de custo de filtração em processos industriais
Assessoria de Imprensa -
Medir a perda de carga, usar o grau de filtração mais aberto, melhorar a matéria prima e testar outros tipos de elementos filtrantes são algumas sugestões
Cada elemento filtrante, de cada fabricante, possui uma característica de projeto. São diferentes tipos de elementos filtrantes, com diferentes perdas de cargas, grau de filtração, eficiência, materiais, dimensões, profundidade, superfície e adsorção, bem como diferentes áreas abertas disponíveis. Por isso, é fundamental monitorar a operação e fazer avaliações e testes para identificar qual melhor relação custo-benefício para o processo de filtração. Foi o que explicou José Alexandre Marques, consultor da JAM Treinamentos, no dia 4 de fevereiro, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, quando apresentou o tema “Sugestões para redução de custo de filtração em processos industriais”.
Durante a apresentação, aconselhou medir a perda de carga para traçar e entender a curva de entupimento. “Se você não pode medir também não pode gerenciar”, ressaltou. Usar o grau de filtração mais aberto também é importante para tentar reduzir custos, pois quanto maior a partícula, mais fácil e barato será reter. “É preciso reter o mínimo necessário para atender as necessidades do processo, pois quanto mais se retém, mais rápido o filtro entope”, explicou.
Com a iniciativa, é possível diminuir, entre outros, o número de aberturas de carcaça, descarte de produto, elementos filtrantes, materiais de limpeza, solventes e hora/homem.
Trocar a bomba ou rotor pode ser um investimento ao invés de substituir sempre os elementos filtrantes, bem como melhorar a matéria prima. “Matéria prima mais barata pode apresentar mais contaminantes, aumentando custos com filtração”, enfatizou.
Marques disse também que, em alguns processos, pode ser economicamente mais viável instalar um tanque de decantação e realizar descarte ou reprocesso de fundo do que trocar elementos filtrantes.
O custo por volume filtrado é importante e diferente do custo unitário de elemento filtrante. Recomendou montar uma planilha com todos os custos anuais – por litro filtrado, custo de troca, de descarte, de parada de produção, controle de qualidade, processo subsequente e de não conformidade.
Ao final, considerou testar outros tipos de elementos filtrantes e outros fornecedores. “Muitas vezes, projetos baseados em experiências anteriores não apresentam o melhor custo-benefício no processo atual”, disse.
O “Abra Talks” é dividido em três etapas, de 30 minutos, após a apresentação de Marques, o Prof. Dr. Fabio Campos, coord. da Câmara Setorial de Filtros para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso – CSFETAER e Doutor em Ciências da FSP/USP e responsável pelo Laboratório de Saneamento – PHA/EPUSP, falou sobre “Ecossaneamento”, e, em seguida, Denis Nascimento, mestrando em Engenharia Mecânica, expos o tema “Tecnologias de separação de água do diesel”.
Para o presidente da Abrafiltros, João Moura “o Abra Talks tem sido o ponto de encontro do nosso setor. Estamos satisfeitos com o alto nível do debate e esperamos que o conteúdo contribua para o desenvolvimento do segmento”.
O próximo “Abra Talks” acontece no dia 11 de março, das 09h às 10h30. O evento é transmitido ao vivo e de forma gratuita. Já o conteúdo na integra, estará disponível somente para associados da Abrafiltros.
Sobre a Abrafiltros:
Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.