Corolla Cross será o Toyota brasileiro mais exportado de todos os tempos
Automotive Business -
Carro irá ser exportado para 22 países da América Latina e do Caribe
PEDRO KUTNEY, AB
O Corolla Cross, SUV médio-compacto que começou este mês a ser produzido comercialmente em Sorocaba (SP), será o Toyota brasileiro mais exportado de todos os tempos, chegando a 22 países da América Latina e do Caribe. As vendas do modelo no Brasil serão iniciadas oficialmente em 25 de março e alguns embarques para mercados externos já foram feitos.
Masahiro Inoue, CEO da Toyota Latin America, afirmou que o projeto de produzir o Corolla Cross no Brasil desde o início levou em consideração a exportação do modelo para todos os mercados da região. Com isso, o País será o maior polo de produção do SUV no mundo, à frente da Tailândia e de Taiwan, os únicos dois países asiáticos onde ele também é fabricado no momento.
"O Corolla Cross não é produzido na América do Norte ou no Japão, a América Latina será o maior mercado e polo de produção do modelo em todo o mundo. Nossa intensão é desenvolver e fabricar no Brasil produtos para exportação", disse Masahiro Inoue.
Com isso, o novo SUV vai superar em larga medida o desempenho internacional de sua versão sedã produzida em Indaiatuba (SP) desde o fim dos anos 1990, o Corolla, que atualmente é exportado do Brasil para apenas cinco países: Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e poucas unidades para o Peru.
Atravessar o oceano e exportar o Corolla Cross brasileiro a outros mercados fora da América Latina “é um sonho”, diz Inoue, que admite ser “difícil de alcançar no momento”. Segundo o executivo, os custos de produção mais elevados no Brasil tornam quase impossível a concorrência com as duas fábricas asiáticas onde o modelo é feito.
Mas Inoue destaca que a América Latina é estratégica para a Toyota no mundo, porque é uma das poucas regiões ainda com espaço para aumentar o índice de motorização da população e os meios de mobilidade: “Essa é uma combinação rara hoje no mundo, onde a maior parte dos mercados está saturada. Se olhar para o mundo, o Brasil é um dos poucos que tem potencial para crescer muito, por isso a produção de veículos não vai acabar nunca aqui, e se o País trabalhar sua competitividade pode se tornar um polo de exportação”, avalia.