Ambev realiza operação de retrofit para converter 102 caminhões com motores a diesel em modelos movidos a energia elétrica

A operação de retrofit será realizada por meio de parcerias com a Enel X e a Eletra, fabricante brasileira de veículos elétricos


REDAÇÃO AB

A fabricante de bebidas Ambev anunciou que vai realizar uma grande operação de retrofit que prevê converter 102 caminhões com motores a diesel em modelos movidos a energia elétrica. O processo vai ser concretizado graças a uma parceria da empresa com a Enel X (divisão da distribuidora de energia que atua no setor de soluções de energia avançada) e a Eletra, fabricante nacional de ônibus elétricos, híbridos e trólebus.

Iniciada no ano passado, a parceria projetou dois caminhões da Ambev que foram convertidos e rodaram, em fase experimental, entre os centros de distribuição da empresa na zona sul da capital paulista. Por conta dos resultados positivos, foi tomada a decisão de expandir a experiência.

O caminhão convertido, de acordo com os testes, emite apenas 0,05 kg de CO2 por viagem – o que, na prática, representa emissão zero. O consumo médio é de 1 kWh por quilômetro, o que, segundo a empresa, significa economia de custo superior a 70% na comparação com o veículo similar com motor de combustão interna. Redução da manutenção e viabilidade de entregas em determinados locais por conta da ausência de ruído dos caminhões são outras vantagens dos modelos convertidos.

“Ficamos muito satisfeitos com a eficiência dos caminhões que foram testados e enxergamos o retrofit como alternativa para acelerar a entrada de veículos elétricos na operação, reduzindo a emissão de poluentes em todo o ecossistema”, afirmou Marco Aurélio Filho, gerente de suprimentos e logística da Ambev.

A previsão é de que os 102 caminhões modificados entrem em operação no mês de junho deste ano, rodando pelos centros de distribuição de Curitiba (PR), Campinas e Embu das Artes (ambas em SP). Esse trabalho representa mais um passo para a Ambev atingir sua meta de reduzir em 25% a emissão de CO2 em toda a sua cadeia até 2025.

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