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Gestores tem papel fundamental para abrir caminhos para as mulheres no setor automotivo

Ricardo Gondo, presidente da Renault Brasil, acredita que gestores possam contribuir oferecendo oportunidades concretas de desenvolvimento de carreira


NATÁLIA SCARABOTTO, AB

Nesta Semana da Mulher, AB Diversidade convidou representantes do setor para falar sobre a busca por mais equidade de gênero e representatividade na indústria. A cada dia da semana, novas entrevistas. Nesta terça-feira, o presidente da Renault Brasil, Ricardo Gondo, conta a sua visão sobre o tema.

"No mundo moderno é muito importante a economia colaborativa, a capacidade de fazer parcerias, de falar abertamente das vulnerabilidades, ter mais empatia e tomar decisões muitas vezes sem ter todas as evidências. Estamos falando de qualidade do feminino que são importantes para o mundo do trabalho", destaca o executivo.

Apesar do interesse de algumas lideranças de fomentar a mudança do cenário, a indústria automotiva ainda abre pouco espaço para as mulheres: em cargos de alta gestão elas representam apenas 6%, conforme aponta a pesquisa Liderança do Setor Automotivo, feita por Automotive Business com a coordenação técnica da MHD Consultoria. Dentro de todo o segmento, elas somam apenas 19% da força de trabalho, com maiores desafios, mas menores oportunidades e salários (veja aqui), segundo o estudo Diversidade no Setor Automotivo.

Apesar do empenho de diversas empresas para fomentar a equidade de oportunidades, ainda há um caminho longo a ser percorrido.

Qual é a importância da equidade de gênero para o setor automotivo?

A diversidade traz mais criatividade e inovação. Nós gestores temos o papel fundamental de abrir os caminhos para que as mulheres se tornem cada vez mais presentes e atuantes, oferecendo oportunidades concretas de desenvolvimento de carreira.

No mundo moderno é muito importante a economia colaborativa, a capacidade de fazer parcerias, falar abertamente das vulnerabilidades, ter mais empatia e tomar decisões muitas vezes sem ter todas as evidências. Estamos falando de qualidades do feminino que são importantes para o mundo do trabalho. Daí a grande importância do grupo Women@Renault, um projeto que há mais 10 anos aumenta a diversidade dentro da empresa para tornar a mulheres cada vez mais protagonistas de suas carreiras.

Além das ações corporativas, de que forma o senhor fomenta individualmente a equidade de oportunidades para as mulheres na Renault?

Diversidade e inclusão, mais do que compromissos corporativos, são valores, algo em que acredito pessoalmente. A Renault do Brasil tem atuado fortemente para estarmos alinhados com as cinco agendas de diversidade da ONU: gênero, pessoas com deficiência, LBGTQI+, a questão étnico-racial e as multigerações. O comitê executivo faz parte do comitê de diversidade e inclusão e acompanha de perto todas as iniciativas.

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