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DAF Caminhões apresenta nova linha de semipesados CF e mira nova expansão no mercado de caminhões

Empresa tem planos ambiciosos e aposta em um crescimento de de 25% do mercado de caminhões, e de 65% em suas vendas totais em relação a 2020


WILSON TOUME, PARA AB

A DAF Caminhões apresentou na quinta-feira, 11, sua nova linha de semipesados CF, produzida na fábrica de Ponta Grossa (PR) e que deve chegar às concessionárias da marca no segundo semestre deste ano. Além da cabine com novo design, mais moderno, os novos caminhões trazem como destaque o motor Paccar MX11 de 11 litros, mais potente e econômico que o anterior. Os modelos off-road, contudo, vão continuar com os propulsores MX13, atendendo aos pedidos dos clientes, segundo a montadora.

Além dessa versão fora-de-estrada, destinada principalmente às operações do agronegócio, a nova gama terá as configurações rodoviárias de cavalos mecânicos 4x2 e 6x2 e a rígida chassi-cabine 8x2, até então inédita na linha.

“A chegada do novo CF é mais um marco na nossa história no Brasil, renovando totalmente a linha da DAF no País”, declarou Lance Walters, presidente da DAF Caminhões Brasil. “Somado a isso, estamos ingressando em um novo segmento, de caminhões rígidos, voltados a operações rodoviárias e de distribuição, permitindo a expansão da nossa participação no mercado nacional. Em 2020 crescemos 18% no segmento acima de 40 toneladas, em comparação ao ano anterior, ficando com 8,2% de participação, e vamos manter a curva de crescimento da marca em 2021”, afirmou.

Disponível com duas opções de cabine – Sleeper e Space, ambas com cama –, o novo DAF CF traz diversas inovações em termos de comodidade para o motorista, como ar-condicionado “inteligente”, que proporciona mais economia sem comprometer o conforto, quadro de instrumentos redesenhado e nova suspensão da cabine. Em termos de tecnologia, as atrações são os programas de assistência ao condutor, como controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão frontal com frenagem de emergência e alerta de saída de faixa.

O principal destaque é o motor Paccar MX11 de seis cilindros em linha e 11 litros, produzido na fábrica da DAF em Ponta Grossa. Capaz de entregar 410 cavalos e 214,2 kmgf, ele é o mais potente do segmento, segundo a empresa, e é 180 kg mais leve que o anterior. A maior eficiência é obtida em boa parte graças ao turbo de geometria variável com tecnologia multitorque, que permite ao veículo trabalhar por mais tempo na última marcha.

Já a transmissão automatizada ZF TraXon de 12 marchas foi projetada para operar em baixas rotações, o que também contribui com a economia de combustível. Esse propulsor vai equipar as versões rodoviária e chassi-cabine do novo CF, enquanto a off-road vai seguir com o MX13 de 480 cavalos.

APOSTANDO NO CRESCIMENTO

Lance Walters, presidente da empresa, não revelou o valor do investimento feito na fábrica para receber o novo CF. Lembrou apenas que se trata do mesmo aporte feito anteriormente, para lançar o extrapesado XF – quando também não mencionou o total. O executivo limitou-se a dizer que foram investidas “algumas centenas de milhões de dólares na fábrica nos últimos anos”.

A DAF tem planos ambiciosos para este ano, pois aposta em um crescimento de 25% do mercado de caminhões, e de 65% em suas vendas totais, na comparação com 2020. A ampliação da rede de concessionárias, que deve passar das atuais 44 revendas para 54 vai contribuir com o plano que prevê ainda ampliar a base de clientes em 30% em relação a 2020 com a entrada da marca no segmento dos rígidos. O objetivo é fechar o ano com mais de 18 mil caminhões da marca rodando pelo País.

“No ano passado, registramos meses com recordes de vendas, ampliamos a nossa rede, lançamos o novo XF e crescemos 18% no segmento acima de 40 toneladas em comparação com 2019, sendo a única montadora a crescer [nessa faixa de mercado]. O market share da marca nesse segmento passou de 6,2% em 2019 para 8,6% em 2020, e ainda há muito espaço para aumentarmos os nossos volumes de vendas e participação no mercado”, afirmou Luis Gambim, diretor comercial da DAF Caminhões Brasil.

Questionado sobre a falta de peças que afeta toda a indústria, Lance Walters respondeu: “Não se trata tanto da falta de componentes, mas sim do envio deles. Mas, com os volumes que estamos rodando e o nosso plano de crescimento, nós conseguimos nos manter. Eu acredito que esse problema pode afetar todo o mercado até o fim do ano (se as vendas seguirem nesse ritmo), mas, no momento, nós não só conseguimos aumentar a nossa produção como prevemos aumentá-la ainda mais nos próximos seis meses”, afirmou. “Tudo vai depender do que vai acontecer com os eletrônicos, mas os nossos fornecedores estão conseguindo atender a nossa demanda atual”, finalizou.

Por fim, quando perguntado sobre os preços da nova linha CF, Luis Gambim saiu pela tangente e não revelou quais serão, limitando-se a dizer que os novos caminhões vão ocupar o segmento Premium, e, portanto, terão preços condizentes com a categoria. “Teremos o melhor caminhão do mercado”, afirmou.

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